Um novo começo: Hulk #1 e Venom #1

Como acontece de tempos em tempos no mundo dos quadrinhos, novas séries tomam forma, dando uma nova visão, e uma nova aventura para as personagens que tanto amamos. E dessa vez recentemente tivemos o fim de Immortal Hulk na sua edição 50, e dos títulos do Venom em sua mini-serie King in Black.

Com isso foi necessário dar um novo ar para esses personagens. E para se ter um novo início, novas mentes criativas são chamadas para criar um novo enredo. Vamos então falar um pouco sobre os quadrinhos do momento da Marvel Comics, seus novos títulos e as novas equipes criativas que estão dando vida a essas histórias.

 

Bruce Banner ou Hulk, quem é mais perigoso?

 

Essa é a pergunta que nos fazemos, nesse novo momento das histórias do Hulk. Escrito por Donny Cates (Venom, Crossover) e com desenhos do Ryan Ottley (Invincible). Em Hulk #1 nos deparamos com um twist nunca visto nas páginas do personagem, seu palácio da mente, que é controlado por Bruce Banner.

Em Immortal Hulk fomos apresentados a uma história com uma pegada mais voltada para o terror, e para aqueles que estão preocupados que essa nova fase deixe tudo isso para trás, não precisam se preocupar. Pois agora somos levados para o terror dentro da mente do próprio Gigante Esmeralda.

Nós somos apresentados ao interior da mente de Banner, que não é um lugar bonito para se estar, e que possui um interior igual a de uma nave espacial. O Hulk está de partida e para onde ele vai nós não sabemos exatamente, mas uma coisa é certa independente de onde ele esteja muito destruição e sangue irá se seguir.

Muitos elementos da história ainda precisam ser introduzidos, mas ainda estamos no início apenas. Em relação ao plano de Banner quanto em como ele chegou a uma conclusão de domar sua fera interior.

Sim, Banner domou a fera que é o Hulk, mas isso não quer dizer que seu estado mental é o ideal para leva-lo a algum lugar. Com a mente completamente fraturada, acompanhamos um homem louco controlando sua besta interna, criando assim uma máquina imparável de destruição que podemos ver nas páginas dessa primeira edição.

A arte do Ryan Ottley é estupenda e falta adjetivos para descrever o quanto ela é maravilhosamente incrível, e como ela casa muito bem o personagem e as cenas de ação dessa primeira edição. Esse quadrinho é realmente imperdível e não pode faltar na pilha de leitura dos fãs da Marvel, e também ela é ideal para novos leitores.

 

 

Venom, além do “King in Black”

 

A frase de Eddie Brock, "We are Venom", ganhou um significado totalmente novo nesse novo momento da personagem no Universo da Marvel. Em Venom #1, os escritores Al Ewing (Immortal Hulk) e Ram V (Catwoman) e um dos artistas mais antigos da casa das ideias da Marvel Comics, Bryan Hitch.

Essa super equipe criativa, criou um novo status quo para a família Brock. Eddie, agora “King in Black” – Para aqueles que não sabem: Venom derrotou Knull, o Deus Simbionte, na mini-serie King in Black, e tomou o seu lugar – embarcou em aventuras intergalácticas em que ele e seus simbiontes tentam se tornar uma força para o bem do Universo, usando sua influência sobre a mente coletiva simbionte para estar em todos os lugares ao mesmo tempo.

Quase imediatamente, esta série está expandindo as possibilidades das habilidades de Eddie, nos mostrando o quão poderoso ele realmente é. E a arte de Bryan Hitch extrapola essa sequência, apresentando uma montagem caótica de cenas do passado e do futuro que já está começando a dar frutos nessa primeira edição.

No entanto, embora esta edição seja definitivamente repleta de ação, ela também foca bastante no desenvolvimento das personagens. Al Ewing aborda as sequências centradas em Eddie, capturando perfeitamente a voz do personagem e mostrando suas mudanças ao longo dos anos. Eddie é literalmente o deus dos Simbiontes e tem seu dedo em tudo que acontece no espaço, mas ele também ainda é Eddie Brock, um garoto da cidade de Nova York que frequentemente se irrita e se mostra à altura das ocasiões. Ele tem que encontrar maneiras de lidar com tudo que está acontecendo ao seu redor, e ainda ser pai. Afinal, ele ainda tem o coração de um humano.

Enquanto isso, Ram V conta a história de Dylan na Terra com muita qualidade e angústia adolescente. Dylan pode ser uma criança que passou por muita coisa e teve um papel na salvação do mundo algumas vezes, mas ele também é um garoto adolescente. Ele bagunça tudo, ele se envolve em brigas e sente falta do pai, que é tecnicamente um Deus. Vendo Dylan tentando se controlar ao longo da vida cotidiana, lembra o leitor de que ele ainda tem as mesmas necessidades que todas as pessoas normais teriam, mesmo tempo de lidar com seres extraterrestes.

As histórias de Eddie e Dylan se complementam e se entrelaçam ao longo da edição, e possivelmente esse será o formato que cada edição terá, contando um pouco da história de cada um, e fundamentando os eventos que acontecem ao redor de ambos. Um quadrinho para aqueles fãs de dramas de família bem loucas com muita ação e o que nos mais gostamos de ver, aliens simbiontes. Venom #1 não pode faltar na sua pilha de leitura.

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